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Sistema AllSky7 - Detector de Meteoros

O Observatório Astrómico de Braga faz parte da rede europeia de detecção de meteoros tendo instalado um sistema “AllSky7”.

A rede AllSky7 foi iniciada em 2018 na Alemanha e contém, actualmente, estações em vários países: Áustria, Bélgica, Suíça, Alemanha, Dinamarca, Espanha, França, Hungria, Holanda, Noruega, Irlanda, Itália, Polónia, Portugal, Eslovénia, Eslováquia, Reino Unido e Estados Unidos / Iowa.
O complexo sistema, composto por 8 câmaras de grande sensibilidade e de grande campo, recolhe dados em contínuo de todo o céu de modo a registar, em tempo real, a entrada de meteoros na atmosfera terrestre. 

A rede permite depois triangular os dados de várias estações e de seguida calcular um enorme conjunto de parâmetros sobre os eventos registados. As câmaras permitem ainda fornecer dados das condições meteorológicas em cada local onde o sistema está instalado. 

 

O que são meteoros?

Um meteoro é um fenómeno que ocorre na nossa atmosfera, normalmente identificado como um traço luminoso de duração breve. São vulgarmente conhecidos como “estrelas cadentes” e resultam da entrada, a grandes velocidades, de pequenas partículas na nossa atmosfera. A altitude média típica da ocorrência dos fenómenos é de 90-100 km de altitude, na região da atmosfera terrestre denominada de Mesosfera – Termosfera. A duração temporal dos eventos visuais é usualmente inferior a um segundo mas, alguns eventos, denominados de bólides, podem durar vários segundos.
A origem dos meteoros resulta dos “restos” libertados de corpos de maiores dimensões do nosso sistema solar, como os cometas e asteróides. Estas pequenas partículas ficam a orbitar a nossa estrela, sofrendo interacções e perturbações, como todos os demais corpos do sistema solar, podendo depois colidir com a atmosfera terrestre com velocidades compreendidas entre os 30 e os 70 km/s.
O estudo dos meteoros permite-nos conhecer o espaço interplanetário nas vizinhanças da órbita terrestre, nomeadamente a distribuição, densidade e composição das partículas, a sua cinemática e dinâmica, entender as suas origens e prever períodos de maior actividade meteórica. 


Projecto "MicroMeteoritos"

A entrada constante de partículas de poeira provenientes do espaço resulta em toneladas de micrometeoritos que se depositam na superfície terrestre todos os dias.

As pesquisas e a procura destas pequenas partícular "extraterrestres" têm-se concentrado, até agora, em áreas de difícil acesso, como a Antártida, ou em depósitos de sedimentos de tempos anteriores à atividade humana, porque a poeira produzida, hoje pelo homem, ou pela indústria, dificulta a detecção destas partículas cósmicas.
Hoje em dia já existem métodos de pesquisa de micrometeoritos em áreas habitadas sendo possível, através de metodologias científicas, encontrar estas partículas em alguns locais.

Tratam-se de esférulas cósmicas que trazem consigo uma variedade de formas, cores e texturas. Para além da detecção de meteoros o Centro Ciência Viva de Braga tem um programa de recolha micrometeoritos. 

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