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Piquenique no jardim do Centro Ciência Viva de Braga

No dia 3 de setembro, às 17h, vamos lanchar no nosso jardim! A Investigadora Sofia Duarte, do Centro Biologia Molecular e Ambiental da Escola de Ciências da Universidade do Minho, vai estar connosco para falar sobre o seu trabalho no âmbito da conservação da natureza e na construção de um futuro sustentável.


Esta atividade é mais uma das Build Up para a Noite Europeia dos Investigadores!


Inscreva-se já! A atividade é gratuita e incluí lanche, as inscrições são obrigatórias através do geral@casacienciabraga.org ou pelo 253695236.


Uma questão de ADN...das espécies exóticas marinhas

Os ecossistemas marinhos têm elevado valor ecológico e socioeconómico, proporcionando uma série de serviços essenciais. Estes serviços e funções ecológicas incluem: a reciclagem de nutrientes, a regulação do clima, o controlo da erosão e a provisão de alimento, entre outros. A biodiversidade marinha é um bem precioso e responsável pela manutenção destes serviços.


Monitorizá-la permite-nos obter informação muito relevante sobre o estado de saúde dos ecossistemas, descobrir “hotspots” (locais de grande incidência) de biodiversidade, detetar espécies em risco e detetar, atempadamente, a introdução de espécies exóticas, algo fundamental para a gestão sustentável destes ecossistemas.


A introdução de espécies exóticas e o risco de se tornarem invasoras é uma das principais causas da perda de biodiversidade nos ecossistemas marinhos. Estas espécies, ao serem introduzidas fora dos seus habitats naturais, podem competir pelos mesmos recursos naturais que as espécies nativas provocando impactos negativos nos ecossistemas. Em ambientes marinhos, a maioria destas espécies são algas e invertebrados (moluscos, crustáceos, anelídeos), cuja identificação morfológica é muitas vezes desafiante e um processo que se pode tornar muito moroso. As metodologias moleculares de identificação das espécies usam como base o ADN, o que não exige um elevado conhecimento a nível taxonómico.


Uma vez que o ADN está presente em qualquer estádio de vida dos organismos, as ferramentas moleculares resultam numa elevada sensibilidade técnica, permitindo detetar fases de vida precoces (ainda não identificáveis com base na morfologia como larvas e ovos) ou densidades muito baixas (por exemplo, espécies exóticas que tenham acabado de ser introduzidas). A deteção de uma espécie invasora logo após a sua introdução, enquanto a sua população é reduzida e ainda se encontra confinada a uma pequena área, maximiza as chances da sua erradicação e de uma gestão mais eficiente a nível local.



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